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30.08.2018 | Publicador por: Administrador | Juventude Coomafitt discute educação do campo com parceiros para realização de Seminário

 

A Coomafitt realizou um encontro no dia 24 de agosto para debater a organização do Seminário Regional de Educação do Campo, que será promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e parcerias, nos dias 10 e 11 de setembro na Escola Rural de Osório. A reunião contou com a presença de representantes do Campus Litoral Norte da Ufrgs; das escolas estaduais Erica Marques, Guilherme Schmidt, Pastor Voges e a municipal José Alberto Schutt; da Emater Itati e da Secretaria de Educação de Três Forquilhas.

O Seminário vai propor uma reflexão sobre os 20 anos da Educação do Campo, desde que teve início a partir de iniciativas do Movimento Sem Terra e dos sindicatos de trabalhadores rurais. “Faremos uma análise dos avanços, problemáticas e contribuições desse período. Teremos relatos de experiências na área e feira de produtos da região”, adianta o professor do curso da Licenciatura em Educação do Campo da Ufrgs Jonas Seminotti.

“Como encaminhamentos do encontro, ficou a proposta de organizar outros momentos, com mais entidades, para criar espaços permanentes de debate, fortalecer os vínculos entre as escolas e organizações, além de pensar projetos com a comunidade”, esclarece o vice-presidente da Coomafitt, Bruno Engel.

Licenciatura na Ufrgs

Durante o encontro, Seminotti contextualizou a estrutura da Educação do Campo e apresentou a estrutura do curso de graduação da Ufrgs, que existe  há 4 anos no Litoral Norte e está formando sua primeira turma em setembro. Surgiu, segundo o professor, para atender públicos específicos de pescadores, quilombolas, indígenas, agricultores familiares, artesãos e ribeirinhos, mas já se estendeu a outros interessados.

Hoje, o curso conta com 100 alunos que se formam como professores de Ciências da Natureza. O currículo é executado em regime de alternância, conforme o professor, proporcionando aos universitários o contato com a realidade do campo. “O jovem cria consciência das problemáticas da agricultura na perspectiva da valorização do campo e do desenvovimento rural”, destaca Seminotti.

Desafios

A construção do pertencimento ao campo é um desafio para as escolas rurais, de acordo com o professor Jussiê Bittencourt, que dá aulas de Geografia para turmas do 7º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio na escola Pastor Voges. “Temos uma base curricular engessada em alguns aspectos e precisamos desenvolver alternativas para criar o sentido de pertencimento do aluno ao campo”, diz Bittencourt.

A escola tem uma parceria de pelo menos três anos com a Coomafitt e realiza projetos de turismo rural, permacultura e bioconstrução. A cooperativa também leva atividades sobre os conceitos do cooperativismo para os alunos da Paulo Voges.

“O cenário da juventude rural na região mudou por conta do trabalho da Coomafitt. Muitos saíram para estudar fora e retornaram, porque enxergaram a possibilidade de melhoria da renda familiar com a participação na cooperativa”, afirma o professor.

Ele cita, ainda, o acesso à educação superior no Litoral Norte e os programas de governos anteriores que facilitaram o crédito e compra de maquinários para os agricultores familiares como pontos fundamentais para a permanência do jovem no campo. “Mas precisamos continuar trabalhando o sentido de pertencimento a partir do chão da escola. Não adianta falar da Floresta Amazônica se essa não é a realidade local. É preciso apresentar uma perspectiva de mercado de trabalho”, conclui.

Texto: Aline Adolphs/ 4Cabeças Comunicação e Tecnologia

Foto: Coomafitt